A Participação do Jovem no Enfrentamento da COVID-19

“Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente”. Salmos 16:11

Definimos o (a) “jovem” como aquele (a) cuja idade está entre 15 e 19 anos. Como é importante e relevante a participação dos jovens na vida ativa da sociedade; imagine como seria trágica e tediosa uma sociedade sem o vigor e a ousadia deles (as). Nas igrejas, eles (as) sempre a dinamizam e exigem por parte dos líderes inovações e novas estratégias, impedindo uma acomodação, o que sem dúvida é benéfico, além de apoiar em diversas atividades.

Uma das características mais comuns aos jovens é o senso de “indestrutibilidade e invulnerabilidade. É comum nessa faixa etária o pensamento que nada lhes acontecerá e que estarão sempre a salvo de qualquer consequência negativa referente ao seu procedimento.

Muitos tem chamado a atenção para a participação dos jovens no enfrentamento da pandemia da COVID-19. Espanha está hoje, em comparação ao Brasil, numa fase cronológica mais avançada no enfrentamento à pandemia. A fase mais aguda (espera-se) já passou e agora estamos no momento de enfatizar as precauções para que os contágios não voltem.

E os jovens aqui em Espanha? Como eles têm participado dessa batalha pela vida humana? Qual tem sido sua maior contribuição?

Lamentavelmente, o jovem que vive em Espanha hoje se converteu no grupo mais perigoso referente à transmissão do vírus. Eles, com raras exceções, não entenderam que estamos diante de uma pandemia que ceifou a vida de milhares de pessoas e que ainda é um perigosíssimo risco até mesmo à continuidade da vida humana no planeta. Infelizmente, dão mostras da falta de responsabilidade e fica patente que a ideia da indestrutibilidade e invulnerabilidade não é algo teórico, pelo contrário, é algo muito real. Ignorando as normas sanitárias, se reúnem em festas nas praias (atualmente a temperatura aqui ronda os 30 graus) e sem máscaras e sem distanciamento social, compartilham as mesmas garrafas de bebidas alcoólicas e até mesmo outras drogas ilegais.

Nas cidades pequenas, reúnem-se às sextas e sábados à noite em locais descampados e ao som de música muito alta, consomem e compartilham bebidas alcoólicas e drogas (o nome dessa reunião é “botellón” – cada participante leva uma ou mais garrafas (botella em espanhol) de refrigerante, mas na verdade o conteúdo foi trocado por uma mistura de várias bebidas alcoólicas). Vivem em um mundo irreal onde não existe corona vírus, onde não houve milhares de mortes e onde seus pais e avós são imunes à COVID-19.

Isso me faz pensar sobre a necessidade que o jovem tem de divertir-se e como ele está disposto a levar a sério essa necessidade mesmo que isso signifique expor suas vidas e a dos seus semelhantes em risco. Faz-me refletir sobre o sofrimento desses jovens que não conhecem a Deus e buscam no hedonismo desenfreado o enganoso preenchimento de suas necessidades espirituais e sociais. Que grande privilégio tem o (a) jovem que pode exercer sua necessidade de diversão de modo autêntico e bíblico: Salmo 16.11: “Tu me farás ver os caminhos da vida; na tua presença há plenitude de alegria, na tua destra, delícias perpetuamente”. O melhor divertimento é estar na presença de Deus, sendo edificado em uma Igreja e crescendo na graça e no conhecimento de Jesus, o único Salvador.

Concluindo, quero convidá-los a refletir:

1. Que você, jovem, seja inteligente o suficiente para entender que ser ousado e dinâmico não é o mesmo que ser irresponsável. Quando a fase mais aguda da pandemia passar, a ênfase será em extremar as medidas de segurança para que o vírus não se propague (embora isso deva ser feito desde já). E é justamente aí que o (a) jovem deve dar, de forma inteligente e sensata, sua grande participação. Exerça sua cidadania, atendo-se às normas, não se tornando assim um veículo de propagação desse vírus tão danoso à vida humana. Você precisa entender que não é indestrutível e nem invulnerável. Você é feito de carne e osso como todos os demais; o fato de você ser jovem não muda isso, portanto, seja sensato.

2. Que o jovem também entenda que a melhor forma de exercer sua juventude é na presença de Deus, em cuja presença há delícias perpetuamente. Discotecas, festas privadas, bailes funk, etc, são mecanismos de transmissão de várias doenças e para milhares de jovens o momento do primeiro contato com drogas legais e ilegais, mas que igualmente destrutíveis. Por outro lado, a Igreja Presbiteriana do Tatuapé dispõe de atividades específicas para jovens, onde os mesmos podem ter suas necessidades sociais satisfeitas de modo bíblico e saudável, pois tudo é feito “na presença de Deus”. Ele não é um “estraga-prazer”; Ele criou a cada um de vocês e sabe de suas necessidades, portanto a melhor e mais autêntica maneira de ser jovem é desfrutar da comunhão com Deus em Jesus Cristo; que cada jovem possa repetir a confissão do salmista durante e após a pandemia: “Pois um dia nos teus átrios vale mais que mil; prefiro estar à porta da casa do meu Deus, a permanecer nas tendas da perversidade” (Salmo 84.10).

Rev. Janio Ap. Ciritelli
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2024, Igreja Presbiteriana do Tatuapé