Você está contente com sua `Vida de Oração´?

Você está contente com sua "vida de oração"? Muito provavelmente, sua resposta será "não"! Em geral, sentimo-nos devedores a Deus, no que diz respeito ao modo e ao tempo que nos dedicamos a orar. Somos uma geração que ora pouco e se desconcentra rápido. Deixamo-nos contaminar pela ideia de que uma vida produtiva está muito mais ligada ao que fazemos com nossas próprias mãos, do que aquilo que Deus produz, através de nós.

Claro que não podemos generalizar, mas sabemos que nosso ativismo cristão não valoriza os momentos de "reclusão" e "introspecção". Não achamos muito correto utilizarmos nosso precioso e escasso tempo para coisas que não sejam "produtivas". Por isso, vivemos um profundo dilema, afinal, mesmo sendo influenciados pelo ativismo de uma sociedade pragmática, sentimos, em nosso íntimo, que nos falta maior proximidade de Deus e momentos de serenidade para encontrá-lo no sossego da solidão da alma.

Acredito que tudo pode começar a mudar em um ponto: entre sua "vida de oração" e a própria "vida prática".

Os discípulos de Jesus sentiram essa falta em suas trajetórias. Eles estavam acostumados com uma rotina de oração, aprendida em seus anos como bons judeus, mas perceberam que lhes faltava algo e que suas orações apenas se repetiam, sem sentido prático em suas vidas. Então, pediram a Jesus: "Senhor, ensine-nos a orar como também João ensinou os discípulos dele" - Lucas 11.1b.

Jesus ensina-lhes a orar e mais que isso, encoraja-lhes a orar sempre! Jesus conta-lhes "A parábola do amigo que incomoda" - Lucas 11.4 e propõe-lhes o seguinte pensamento: "Pois todo o que pede recebe; o que busca encontra; e quem bate, a porte lhe será aberta" - Lucas 11.10.

Jesus ensinou a buscar a Deus em oração, pensando nEle como um Pai, por isso, ilustrou dizendo: "Quem, de vós, sendo pai, daria uma cobra ao filho que pede um peixe"? - Lucas 11.11.

A oração é a premissa básica do relacionamento filial. Pressupõe o amor e a bondade de Deus como nosso Pai e interação com este amor do filho submisso, que está disposto a ouvir o Pai.


Rev. Mauricio Nepomuceno
Pastor Efetivo da Igreja Presbiteriana do Tatuapé

2024, Igreja Presbiteriana do Tatuapé